Em 19 de dezembro de 1992, Portugal acordava com a notícia do acidente aéreo mais chocante da sua história recente. O voo 1103 da TAP, que fazia a rota de Lisboa para a Ilha da Madeira, havia se chocado contra a montanha do Pico do Facho, logo após tentar uma segunda aproximação ao aeroporto de Santa Catarina.

O avião era um Airbus A320 com 53 passageiros e 6 tripulantes a bordo. Infelizmente, apenas 3 pessoas sobreviveram ao acidente: o piloto, o co-piloto e uma comissária de bordo.

As causas do acidente ainda são discutidas até hoje, mas os investigadores apontam como principais fatores a falta de visibilidade no momento do pouso e a possível desorientação espacial dos pilotos. Um alerta de “Sink rate” (descida rápida) teria disparado no cockpit, mas a equipe não conseguiu corrigir a trajetória a tempo.

A tragédia do “Crash de Ilha” abalou enormemente a sociedade portuguesa. Muitas famílias perderam seus entes queridos no voo, durante a época natalina, tornando essa tragédia ainda mais dolorosa.

O governo português decretou luto nacional e mobilizou equipes de resgate para trabalhar nos escombros do acidente durante dias. A imprensa internacional cobriu amplamente a tragédia e a TAP, companhia aérea envolvida, teve que lidar com uma grande crise de imagem.

Novas medidas de segurança foram implementadas nos aeroportos portugueses, como a reavaliação das condições meteorológicas e a instalação de radares mais precisos. Mas a dor da perda dos familiares e amigos das vítimas do “Crash de Ilha” ainda está presente na memória de muitos portugueses.

Em 2017, em memória aos passageiros e tripulantes que perderam suas vidas nesse trágico acidente, foi inaugurado um monumento na região de Santa Cruz, na Ilha da Madeira, onde está localizado o aeroporto onde o voo 1103 deveria ter pousado. Uma plaquinha com a lista dos nomes dos passageiros e tripulantes falecidos foi colocada em frente ao monumento, homenageando aqueles que nunca serão esquecidos.

O “Crash de Ilha” foi um dos momentos mais tristes da história portuguesa. Passados mais de 25 anos do acidente, a dor da perda das vidas humanas ainda é sentida por muitos. Mas, através de lembranças e homenagens, a memória dessas vítimas jamais será esquecida.